Esta decisão permite “dar um sinal” por parte da câmara e da empresa municipal Águas de Coimbra “de que estamos muito atentos (às movimentações das Águas de Portugal) e que não deixaremos que este património (água) seja desbaratado por soluções feitas à pressa”. Barbosa de Melo referia-se à pretensão das Águas de Portugal de juntar a Águas do Mondego a outras participadas, o que não garante que os consumidores de Coimbra possam ter “uma boa água a um bom preço”. “Nós somos a quarta capital de distrito com a fatura mais baixa”, disse.

Para tal, Barbosa de Melo anunciou que estão a ser construídas soluções alternativas “que protejam o consumidor de água dos abusos que estão a ser arquitetadas na cabeça de alguns”. Até porque, como lembrou, os consumidores de Coimbra não têm de pagar “os erros de gestão no setor da água nos últimos anos”. Mesmo assim, e por uma questão de equidade, o presidente da câmara disse que estão disponíveis para ajudar ao esforço nacional que será exigido a todos os municípios do país. E frisou mais uma vez: “não estamos disponíveis para pagar erros de gestão do passado”.

Porque a decisão ainda não foi tomada, o presidente da câmara convidou todos os deputados a fazerem uma reflexão séria sobre esta matéria, pois será este o órgão que irá aprovar a solução alternativa a esta pretensão do Governo.

Fonte: Diário As Beiras de 28 de setembro de 2012