Obras em Agosto (não) entopem a Alta

O DIÁRIO AS BEIRAS percorreu a Alta de Coimbra para ver as obras que ali estão a decorrer. Há pavimentos arrancados e passagens improvisadas, mas a maioria dos que por ali passam dizem não se sentir incomodados.

Uma retroescavadora dava, ontem, as boas-vindas a quem se dirigia à Faculdade de Psicologia. A rua do Colégio Novo está a sofrer uma intervenção, que obriga ao desvio do trânsito e a alguns exercícios de equilibrio de quem por ali passa a pé. Mas a maioria das pessoas não parecem incomodadas. “As obras são um sinal de preocupação e contribuem para o bom funcionamento da cidade”, diz Elizabeth Vacchiore, uma italiana que está de visita a Portugal.

Para atravessar aquela rua é preciso passar por cima de tábuas, que tapam os buracos provocados pelas obras. A reportagem do DIÁRIO AS BEIRAS não teve dificuldades, mas há quem tenha histórias diferentes para contar. “Venho sempre a tremelicar quando passo ali”, admite Maria José, 82 anos, que mora umas ruas mais acima.

Apesar dos constrangimentos causados pelas obras – não só dificultam a passagem a pé como obrigam os carros a um desvio para acederem às ruas da Alta – a moradora admite que a intervenção era necessária.

Os turistas, esses, não fazem caso das máquinas e trabalhadores que por ali andam. De mapa numa mão e máquina fotográfica na outra, vão caminhando pelas ruelas da Alta, concentrados em descobrir a história da cidade.

Prova de que as obras não espantam os visitantes é o facto de clientela do Café Sé Velha (essencialmente frequentado por turistas e moradores da zona) não ter diminuído nos últimos dias. “As obras não me afectam nada, já deviam ter sido feitas há muito tempo”, avalia o proprietário, Abel da Vinha.

Mais abaixo, na Rua Corpo de Deus, as obras decorrem a bom ritmo… e sob vigilância. Pelo caminho, o DIÁRIO AS BEIRAS cruzou-se com o presidente da Junta de S. Bartolomeu, Carlos Clemente, que por ali andava a avaliar o andamento dos trabalhos. E o autarca aproveitou para explicar: “estamos a remodelar as infra-estruturas de saneamento, gás e electricidade, que já reivindicávamos há muitos anos”.

O investimento é de 213 mil euros e vai dar nova imagem à rua mais povoada da freguesia de S. Bartolomeu, que faz a ligação entre a alta e a baixa da cidade. As obras deverão estar concluídas em Novembro.

Do outro lado da cidade, a Rua da Alegria já mostra sinais de modernidade. A requalificação daquela via – um investimento de 140 mil euros – já terminou. Carros e pessoas já circulam sem problemas, por cima de um pavimento novo.